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Em busca de água, Nasa joga foguete contra Lua


Sonda Lunar Crater Observation and Sensing Satellite (LCROSS) da Nasa e seu foguete Centaur fizeram ontem um duplo impacto no fundo da cratera Cabeus, no polo sul da Lua, em uma operação que busca confirmar a presença de água no satélite. Segundo o controle da missão no Centro de Pesquisa Ames, a experiência foi um sucesso: "Recebemos a confirmação de que ocorreu o duplo impacto. Foi um trabalho impecável. Os instrumentos funcionaram como estava previsto." O primeiro impacto, às 8h31 (horário de Brasília), foi produzido pelo foguete vazio de mais de duas toneladas, que gerou uma coluna de poeira que subiu a mais de seis quilômetros de altura. Pouco mais de três minutos depois, a LCROSS cruzou a esteira de pó, da qual recolheu informação e as enviou para a Nasa, antes de cair. Segundo os cientistas, se existe água no fundo da cratera, ela foi lançada ao espaço pelo duplo impacto e pelo repentino aumento de temperatura. 
Além da Nasa, os impactos foram observados pelo telescópio espacial Hubble, pelos instrumentos de outra sonda, a Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), e por diversos telescópios ao redor do mundo. Mas para quem esperava ver imagens espetaculares, a missão, apesar do sucesso científico, foi anticlimática. Segundo espectadores na internet e também pessoas que se reuniram em um museu no centro de Washington para assistir às colisões em um telão, não houve sinais óbvios da poeira - ou de gelo pulverizado - nas imagens em preto e branco da Nasa captadas na cratera escura. Em vez disso, a tela ficou totalmente branca."Não foi um defeito", explicou Benjamin Neumann, diretor da Divisão de Capacidades Avançadas da Nasa. Segundo ele, os impactos liberaram muito calor, daí o brilho. Ele também explicou que os cientistas devem levar duas semanas para analisar os dados.

Entenda a importância da água e as consequências do seu mau uso


A água é uma substância essencial à vida. É encontrada na Terra sob as formas sólida, líquida e gasosa. Noventa e oito por cento da água neste planeta encontra-se nos oceanos (aproximadamente 109 mil km3 de água). Águas doces, que constituem os rios e lagos nos continentes, e águas subterrâneas são relativamente escassas. Estas águas doces nos continentes são a fonte que produz alimentos e colheitas, mantém a biodiversidade e os ciclos de nutrientes, e mantém também as atividades humanas. Sem água de qualidade adequada, o desenvolvimento econômico-social e a qualidade da vida da população humana ficam comprometidos. As fontes de água doce, superficiais ou subterrâneas, têm sofrido, especialmente nos últimos cem anos, em razão de um conjunto de atividades humanas sem precedentes na história: construção de hidrovias, urbanização acelerada, usos intensivos das águas superficiais e subterrâneas na agricultura e na indústria.
O ciclo hidrológico (passagem constante de um estado a outro, como veremos no capítulo 1) renova as quantidades de água e também a sua qualidade. Entretanto, esta água que passa do estado líquido para o gasoso, e também se acumula no estado sólido (gelo) nas calotas polares, não é infinita. O ciclo renova a quantidade de vapor d'água na atmosfera e a quantidade da água líquida, periodicamente, mas é sempre a mesma quantidade de água que é renovada. O aumento intenso de demanda diminui, portanto, a disponibilidade de água líquida e coloca em perigo os usos múltiplos, a expansão econômica e a qualidade de vida. As águas doces continentais também sofrem com a contaminação causada por inúmeras substâncias, pelo despejo de esgotos domésticos e industriais, e com acúmulo destas nos sedimentos de rios, lagos e represas.
Como se chegou a este ponto no uso e degradação de um recurso natural vital para a sobrevivência de todas as espécies de animais e plantas?
A resposta é: porque se acreditava que o recurso era infinito, assim como a capacidade de autodepuração do sistema. Pensava-se que a tecnologia desenvolvida pelo homem poderia tratar qualquer tipo de água contaminada e recuperá-la. Na verdade, o recurso é finito, pois a quantidade de água líquida depende de demanda, e a capacidade de autodepuração dos sistemas tem limite; é bom ter em mente, também, que os custos para transformar água de qualquer qualidade em água potável estão se tornando proibitivos.
Deve-se ainda considerar que as grandes massas urbanas --3 bilhões de pessoas-- necessitam de grandes volumes de água para sua sustentabilidade; além disso, produzem uma massa enorme de detritos (fezes e urina), que necessitam de tratamento imediato para não contaminar as águas superficiais e subterrâneas. Este conjunto de problemas levou à atual situação da água, uma crise sem precedentes, que demanda ações de curto, médio e longo prazos.